quinta-feira, 13 de junho de 2013

A viagem equivocada

E naquela manhã, dentro daquele carro, ia tecendo os planos que lhe perturbavam a mente. Numa cobrança incômoda, como se tudo fosse obrigado a dar certo.
 E  assim ia seguindo viagem, observando os verdes pastos, buscando  a paisagem até o fim do horizonte. E  passava a imagem das cercas feitas de madeira e arame, na qual, do seu ponto de vista, corriam rapidamente. E via também alguns gados no pasto, tranquilos e serenos, como se no mundo,  não houvesse problemas.
E o pensamento lhe perturbando a cada momento, e então pensava: por que tenho que me envelhecer e agonizar com pensamentos fortes e obrigatórios? E aqueles pensamentos lhe tiravam a paz, a ponto de não conseguir observar a bela paisagem que passara pelo lado de fora da janela.
E de repente percebeu como a viagem dentro daquele carro em relação a  sua vida tinha se transformado numa grande metáfora, na qual se requeria uma profunda interpretação. Os pensamentos cruéis simbolizavam o carro que  a aprisionava em seu interior, impendendo-a de ver e sentir a bela paisagem q estava do lado de fora. Bastava  estar do lado de fora do carro, que perceberia tudo de um ponto de vista diferente; as cercas não estavam correndo, estavam paradas  e isso mostrava o quanto a sua posição estava fazendo-a pensar de forma equivocada sobre as coisas da vida. Não tinha motivos relevantes que fizessem com que  valesse a pena ficar trancada dentro daquele carro ausente de paz e tranquilidade sendo rondado por pensamentos torturadores.

No fim percebera que todo aquele cenário explicava tudo o que estava acontecendo em sua vida, a viagem rumo à perdição lhe impedia  de ver o belo mundo lá fora, onde seria serena como os gados que pastavam em paz.

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